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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Feminino e a Asa da Borboleta... Rizza Castro D'Ávila

Das escápulas surgem as asas... metamorfoseadas ao longo de muitas vivências... onde se percebeu em casulo, insegura e com medo de alçar-se...

Mas a própria vida lhe arremessa, estimula, ensina...

O colorido, o silêncio, a tranquilidade, o aproveitamento do vento em vôo, o corpo que naturalmente sabe... responde e ondula...

O rosto que se faz sereno, sem excessos mas atento...

O olhar que busca os que percebem, e interessante como muda diante de alguns e sem palavras, no aconchego dos próprios braços, na medida adequada, sem forçar, mas transmitindo a experiência única da luz...as asa se fecham ao redor permitindo a sensação da proteção...

Regressão imediata...

Olha! ... Parece que delas se solta um pó de brilho suave onde se pode lambuzar a alma e sorrir... 

E a voz!... Quase inaudível mas inteiramente presente, passando por vibrações que parecem próximas ao que se ouve quando se pensa ou, melhor ainda, quando se sente...

Impossível não tocar... e a mão se ergue e o toque é de uma suavidade compatível à experiência vivida. Parece mágico, parece mãe!...

Quando o feminino deseja e ama... a experiência transcende...

O ar é calmo e cheio, cada murmúrio ocupa todos os espaços, o mundo continua mas se concentra naquele momento, naquele lugar, naqueles...

Os sensores se fazem à superfície da pele, cada pedacinho do corpo é permeável e completamente exposto, o roçar já é o suficiente - coisas das asas - e penetra o corpo sem ansiedade, sem preconceitos, atingindo o todo e o tudo...  

Controle... Impossível!

A amplitude é traduzida no próprio gesto, o farfalhar é bem vindo quando necessário, o que se almeja é a cumplicidade, o admirável e o eterno...

De concentrado que estava... se expande... e atinge a casa, as casas, os céus e todos que por pura ventura se encontrem no caminho e possam ouvir ou sentir o arrulhar das asas...

Ao explodir, desfaz-se em estrelas...

Parece mágico, parece mulher!

À mulher é dada a chance do feminino, ao homem é dada a chance do feminino...

A experiência de possuir asas de borboletas não distingue sexo...

Pelo contrário, une sensores e nos leva ao gozo...

É pleno, inebriante, extasiante, não termina e sempre se quer mais...

A experiência é de liberdade... encontramos e queremos partilhar a descoberta...

Afinal, no lugar do corpo onde lemos as responsabilidades assumidas por culpa... é aonde as asas se fazem... e estão lá, à disposição dos que desejam voar... e mais que voar, experimentar em pleno vôo o encontro e a troca... e mais que tudo, livres...

O alívio é refrescante como chá de hortelã ou bala de menta...!

Sinta na boca o desejo de experimentar...

Salive!

Seja borboleta e se permita o frescor do toque com as próprias asas... que estimula os velos e movimenta o infinito...

Eu Sou Andréa Luisa e me disponho a essa magia do feminino e da liberdade borboletamente....
No Xamanismo, a borboleta inspira autotransformação, clareza mental, novas etapas, liberdade, renascimento. A borboleta representa os ciclos da vida, movimento e mudança. Elas possuem um período curto de vida. Elas nos preparam para mudanças e progressos. Quando você se sente estagnado e incapaz de se mover, a evolução entre em cena e lhe dá a força necessária para iniciar as mudanças. O medo é normalmente o maior obstáculo para as mudanças.

A borboleta sai da segurança de seu casulo para se deparar com um novo mundo em sua nova forma confiando em suas asas frágeis em um vôo ainda desconhecido

Ela representa o lado feminino...a transformação da mulher ...na Deusa....





A borboleta é o símbolo que mais encerra a idéia de feminilidade, da sensualidade efêmera da mulher, creio eu. Mais do que isso é o símbolo do despertar da mulher, é o símbolo da transformação do ser humano. Na mitologia grega, a alma humana era representada por uma borboleta e dizia que quando uma pessoa morria, sua alma escapava do corpo na forma de uma borboleta.

Tanto que no grego antigo, psiché pode ser alma ou borboleta, simbolizando que a alma, por sair do casulo, faz-se renascer, o que representa novas etapas na vida, e liberdade para assumi-las. 

Muitas vezes, Psiché foi representada por uma imagem aladas

As pinturas que insinuam a metamorfose e mostram a transmutação da mulher dentro das borboletas ou com as borboletas são inúmeras. As asas destas borloletas-mulher concebem a esperança de um vir tornar-se, atravessando as suas prisões culturais para descobrir o gozo...


As vezes, nós somos aprisionados por nossas crenças limitadoras, o nosso "bau" É o medo de arricar sermos o que poderíamos vir a ser. Soltar as borboletas é ter a ousadia de voar na plenitude dos sonhos, no renascimento que cada fase da vida nos impõe. 
Vamos deixar que a borboleta nos guie e que o "bau" não prenda nossa alma.

Namastê! By Luiz Coelho Rodrigues e Andréa Bosco...



4 Comentários:

  • Que Deus continue abençoando seu caminho!
    Desculpe não estar podendo lhe ajudar, mas estou as voltas com a minha monografia.

    Por Blogger Unknown, às 21 de outubro de 2010 às 14:41  

  • Isso é um espetáculo ao vivo e a cores!!!!!! Parabens Shamannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn e jose luiz, nada se comnpara ao talento de vocês!!!!! choro quando leio tudo isso , um trabalho feito com tanto amor!!!! Obrigada , parabéns!!!! especiais profissionais !!!Bjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjs
    ana kaye

    Por Anonymous Anônimo, às 21 de outubro de 2010 às 17:16  

  • Lindo texto ...Adorei ... Parabéns !

    Por Blogger Denise do Amaral, às 22 de outubro de 2010 às 16:31  

  • Anne , muito bem elaborado suas materias ,meus parabens , tens um talento especiallllllll, adorei!!!!!!

    Por Anonymous Anônimo, às 24 de outubro de 2010 às 10:20  

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