ANA KAYE ENTREVISTA O COVEIRO ANDRE LUIS SALDANHA.
"Quem morre não volta"!!!!!! nunca mais!!!!
Kaye- Como é conviver diáriamente com a morte?
Andre Luis-Depois de longos anos a gente se acostuma, afinal a profissão existe e alguém tem que enterrar os mortos pra sobreviver.É uma profissão como outra qualquer.
Kaye- Para ser um coveiro, a frieza e a imparcialidade são indispensáveis ? ou o próprio exercício de seu trabalho, é capaz de esconder a sua emoção?
André Luis- O sofrimento faz parte da nossa profissão e somos obrigados a conviver com ele.
Kaye- A morte lhe assusta? é difícil depois de uma jornada de sofrimento , em meio à lágrimas e dor, conciliar o sono?
André Luis- A mim particularmente , a morte não assusta, mas tenho amigos que realmente custam a dormir e se assustam sim, talvez pela sua própria imaturidade dentro da profissão. Digo a eles sempre: QUEM MORRE NÂO VOLTA!!!!
Kaye- Como analisa seu ambiente de trabalho?
André Luis- Meu ambiente de trabalho é calmo até demais. É uma rotina faço sempre as mesmas coisas e é muito solitário por razões óbvias.
Kaye- Todos dividem com a esposa e filhos , seu dia à dia profissional.Como acontece isso no seu caso?
Andre Luiz- Sou viúvo há 5 anos, nessa época exercia um outro cargo.Ela foi enterrada em Petrópolis.Depois de três anos trouxe a sua ossada para cá para perto de mim. Uma sensação de estar mais perto dela, do que sobrou dela.Com meu filho, não falo sobre trabalho.
Kaye- O que essa profissão lhe ensinou, que a vida é mais passageira do que se pensa , ou a vontade de Deus é quem decide a hora?
André Luiz- O destino de cada um já está traçado , só Deus sabe quando.
Kaye- Enterrar um jovem morto em acidente é mais doloroso do que enterrar um idoso já doente há muito tempo?
Andre Luiz- É, sempre é. "porque o velho no seu caso, sua morte já era esperada, estava sofrendo muito, mas o jovem cheio de vida , ai é complicado demais, os sofrimentos são diferentes, um conformado e o outro desesperado.
Kaye- A morte de um sucida é mais traumática que a outras?
André Luiz- A morte que mais sofrer mais, é a morte de crianças.Duro ver o desespero de uma mãe.
Kaye- Se tivesse que começar tudo de novo, escolheria essa mesma profissão?
André Luiz- Acho que nasci coveiro , escolheria sim.Gosto da solidão e me acostumei a ela. O trabalho rende porque não tem conversa não tem com quem, nem cafezinho toda hora , muito silêncio, eu sou ouço o barulho da cal , da pá, faço massa, limpo, faço a manutenção das sepulturas.Entrei por concurso da Condep e fui vigia primeiro, depois passei a coveiro, continuo vigia, só que agora dos MORTOS! São 1.500 sepulturas incluindo gavetões e ossário.
Kaye- Alguma mensagem que a vida lhe ensinou através de sua profissão?
Andre Luiz_ "Sejam bons em vida, ela é curta , não se sabe a hora que Deus vem nos buscar , porque depois de morto, "ATÉ BANDIDO FICA BONZINHO"!! "CONSTRUAM UMA FAMÍLIA"!!!!
4 Comentários:
Obrigada ao coveiro Andre Luiz pela entrevista, pela boa vontade em satisfazer a curiosidade de uma jornalista que adora matérias diferentes, que vive arquitetando, coisas de aquariana, alguma coisa que possa agradar a seus ilustres leitores, semana que vem , teremos mais supresas!!!!! Bjjjjjjjjjjjjs
para vcs
ana kaye
Por Anônimo, às 13 de outubro de 2010 às 23:07
Caramba só falta entrevistar o morto!! Que entrevista chinfrim!!
Por Anônimo, às 19 de outubro de 2010 às 19:17
Uma pessoa que sequer tem coragem de assmir sua identidade, é simplemente ridícula!!!! quanto a ser chinfrim, voce é o chinfrim, porque é mal educado e sem senso de respeito!!! Coveiro é uma profissão muito digna porque tem a responsabilidade de enterrar mortos e com muito respeito. Lamento que meu blog, receba esse tido de leitor, que a mim nada interesa!! por favor não volte mais aqui, não é benvindo.
Ana kaye
Por Anônimo, às 20 de outubro de 2010 às 03:10
É você é tão baixíssima e horrível que não respeita a dor de quem perde alguém.. você nunca teve algueém na sua vida vazia e inútil de dondoca vulgar que dá pra todo mundo? Voc^Çe é mesmo alguém muito vazia e não respeita uma senhora , que teria idade para ser sua mãe, pessoa ignòbil... Viúva anônima
Por Anônimo, às 20 de outubro de 2010 às 19:21
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